História

A história (não tão diferente) do quilombo Lagoa do Curralinho, localizado na cidade de Serrinha-Bahia, teve início com a chegada de pessoas vindas de outras regiões do território do sisal. De acordo com os moradores quilombolas, a formação da comunidade contou com a contribuição de populações de cidades vizinhas como Lamarão, Biritinga e Santa Bárbara.

Para compreendermos melhor a diversidade étnica presente no quilombo, é preciso voltar ao passado, por volta do século XIX, período em que se iniciou sua ocupação. Registros orais indicam que já havia uma presença indígena anterior à formação quilombola. Embora não se saiba exatamente a qual grupo pertenciam, sabe-se que uma mulher indígena foi raptada, fato relatado por Maria José da Silva, moradora local. Estimasse que sejam Cariri ou indígenas Biritinga. 

Segundo a mesma moradora, a ocupação quilombola teve início com seu avô, Sérgio Bispo da Silva, reforçando a tese da origem no século XIX. Essa narrativa é confirmada por Virgílio Alves, de 107 anos, que afirma que a ocupação da Fazenda Lírio começou com seu pai, Hilário.

Apesar do reconhecimento da Lagoa do Curralinho como comunidade quilombola, os moradores ainda enfrentam muitos desafios. Não há uma escola quilombola que contemple a identidade e as necessidades da comunidade, tampouco houve a devida demarcação do território que compreende e representa a origem do quilombo.